
Só em mim…
Curvada perante o silêncio
Busco a razão de me consumir
Qual condenada a esta paixão
Que me devora as entranhas
Me domina o coração
Será castigo…
Será maldição…
Amar-te é crime assumido
Querer-te, doce perdição
Perdida ando na vida
Há muito a loucura me assomou
Ando louca de tanto te amar
E, amar-te mais, ainda vou
Serva da paixão, vou viver
Sinto que é esse o meu destino
A minha vida é tua,
Tua, por certo, até morrer
Entreguei-me em tuas mãos
Tínhamos tanto para dar
Dás-te inteiro a cada dia
Temos tanto a partilhar
Só em mim…
Me encontro em ti…
Enquanto possível, participo no amor, nos desenganos, na dor, de meus amigos.
E não posso deixar de participar contigo!
Com amizade,
Mª. Luísa
De
MIGUXA a 29 de Novembro de 2009 às 00:02
Margarida
Um sorriso e uma flor, são suficientes para mim.
Nada mais peço e também, necessito muito de Paz!
Procurei essa paz no virtual, me enganei...
Tantas vezes me tenho enganado
E ainda não aprendi,
a sarar as feridas
que se vão abrindo,
mercê desses desenganos.
As flores e o sorriso são o bálsamo,
a amortecer o desengano.
Não teu,
não meu,
mas dos Outros...
Com carinho, agradeço
Maria Luísa
De
MIGUXA a 29 de Novembro de 2009 às 21:11
Maria Luísa,
Sinto a cada comentário teu, uma tristeza implicita, uma desilusão constante, algum desalento e muita necessidade de apoio...desculpa, mas é o que ultimamente transparece na forma como escreves, no que respeita o relacionamento com o mundo virtual. Tens tantos amigos que apreciam a tua capacidade excepcional para a poesia, que te apoiam, te comentam, te dão o conforto de palavras amigas..., fico perplexa quanto ao teu desencanto??? Sempre que precises de mim sabes que estou aqui para te ouvir e trocar uma palavra de amizade.
Não te inibas, estou a falar com o coração nas mãos.
Isto é claro, se achares que sou merecedora.
Uma noite de paz e amor
Beijos ternos
Margarida
Miguxa
Como é possível ter tanto encanto
como doçura no teu canto.
Te adoro por seres assim, como eu gosto,
por me mandares "Amigos", como Fernando Pessoa
a mim que em miúda tanto li os versos dele
e tanto os amei e amo.
Segui a réstea de luz de seu canto
e me enebreei com seu dizer
e adorei seus poemas
e me liguei a ele,
na pobreza de meus cantos.
E continuo pobre, Miguxa querida,
Continuo pobre, na minha escrita.
Estou desiludida, mas reconheço
que tenho amigos lindos
que merecem tudo quanto escrevo.
Mas eu não escrevo,
eu coloco meu sentir em palavras
e tanto sou entendida...
Que peço mais ? Se tenho tudo ?
Sabes, Miguxa, não gosto de perder amigos,
não gosto que me digam. Escreves "poesia livre",
não gosto!
Talvez queira mudar os outros
quando eu tenho de mudar
e aprender que nem todos me amam
como eu gosto.
Mas isso é natural e humano,
Mas não aprendo a lição
pois "Não sei viver"...
Todas as palavras são poucas e pobres para ti,
Tu mereces muito mais!
Mas talvez eu seja poeta livre e desiludida
e ainda não tenha aceite
ser assim chamada!
Entendes, minha querida? Entendes? Diz que sim!
Me comoveste! A música acompanhou meu sentir e
muito bem. Terminou!
Maria Luísa
De
MIGUXA a 30 de Novembro de 2009 às 11:27
Maria Luísa,
Acho que te entendo sim
É a eterna insatisfação que em ti está exponenciada, quando se é perfeccionista tudo se nos depara como imperfeito, quer seja o que se faça, quer o que nos digam sobre o que fazemos...Mas pensa - farei sempre o que no momento me parece o melhor e quanto à opinião de quem te lê, desde que seja sincera, terás sempre, divergências, porque ninguém é igual a ninguém...
As tuas palavras carinhosas deixaram-me feliz, gostaria de te ver sorrir, vá lá mostra-me que afinal sabes viver sim!!!!

Tua amiga
Margarida
Fernando Pessoa falou em "Amizade" eu tradizi em
"Amigos".
Beijos,
Mª. Luísa
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