Para ela nada havia de estranho. Não corou ante aquela ideia selvagem e turva; aquelas bravias palavras envolviam os seus sentidos como uma névoa, arrastavam-na desde a sua origem para as fronteiras de um reino onde nunca havia entrado, ainda que algumas vezes, tivesse sido para lá arrastada em sonhos.
Beijou-lhe as pálpebras cerradas; ele beijou-lhe o pescoço. Beijaram-se mutuamente nas mãos. Amavam-se com toda a doçura dos sentidos - as carícias, a felicidade e a deliciosa fragrância de um repartida pelo outro, num voluptuoso abandono...
Esqueceram tudo em carícias, que aumentavam de intensidade, transformando-se num tumulto de paixão, agonizando num soluço..."