Para todos os que guardo no coração
Envio os meus sinceros desejos
De que o próximo Ano vos traga
Tudo de bom...
Muita Paz
Alegria
Saúde
e
Muito
Muito Amor!!!
Vossa
Para sempre
Margarida
Fria
Inóspita
É a noite
Frio
Desnudo
É meu corpo
Na ausência
Do calor
Que tuas palavras
Emanam
Gelada
Minha alma
Não sabe o que sente
Sequer
Se sente
Perfeito
Coração
Entrega imensa
Não mente
Resvala na verdade
Cala
Consente
Chama eterna
Não se extingue
No meu peito
Dá-me vida
Estou
Apenas
Adormecida
Regresso à casa dos sonhos
Onde um mar de sentidos
Aguarda a minha chegada
Ondas gigantes de amor
Espelho de mim
Rebentam sem guarda
Flutuo
Meu corpo é teu à deriva
Recordas-me
Sou tua diva
Imenso é teu amar
Sabes-me a sal
Sabes-me a mar
Quero ganhar-te
Espelho de mim
Quero sonhar-te
Acordada...
Meu oceano
Até ao fim...
Hoje
Sinto-me perdida
Faz-me falta o calor do teu abraço
Tenho sede dos teus beijos
Quero-te só para mim
É o desejo incontrolável
De te ter
De que me ames de corpo e alma
Como se tratasse da primeira e última vez
Vem
Acolhe-me no teu peito
Leva para longe
O arrepio que me gela a alma
Porque
Hoje
Não consigo estar feliz...
Sinto perder-me na dependência
De uma paixão louca
De um imenso querer
Tua voz doce me amando
Descontrola, já não comando
Domina os meus sentidos
Leva-nos a ambos perdidos
Por caminhos tão longamente sonhados
Recheados de magia
Da mais pura fantasia
Amantes enamorados
Jamais poderei esquecer
Os momentos de prazer
Quando estamos abraçados
No teu peito me aconchego
E num murmúrio, quase segredo
Te confesso
És meu principe encantado!
Numa atitude tacitamente concertada, estendes a tua mão, recostando teu corpo no sofá e tomas a minha; com a outra, agarras-me pelo pescoço, deslizando os dedos por entre os meus cabelos, apossando-te de mim, como se tratasse de uma dança ritual.
Apertamo-nos um contra o outro, como se estivessemos em perigo de repentinamente sermos afastados, e o abraço torna-se mais forte, até que me sinto cair num estado em que todas as sensações tivessem sido miraculosamente exacerbadas, como se a pele se me tivesse tornado demasiado sensível.
As tuas mãos seguram o meu rosto, examinando-o com enlevada atenção, como se nunca me tivesses visto, até então.
A fronteira dos ossos e carne desvanece-se, ao unirmo-nos, movendo as mãos para descobrirem, como que novas terras, novos campos de ervas selvagens.
Tens os olhos fechados e fecho também os meus, com força, depois com mais força ainda, até que por detrás das pálpebras, surge um clarão ofuscante.
Sinto o conteúdo do meu corpo derreter-se até ao limite dos ossos, dissolvendo-se num qualquer som de distantes gritos abafados. Ficaste imóvel, enquanto eu escutava, como se tratasse de ouvir o som de um búzio, o latejar do meu próprio sangue, sem poder distinguir o meu corpo do teu...
Num estado de letargia, senti-me arrastada através de regiões de tempo, nunca antes sentidas; vi-nos ambos a flutuar, numa qualquer noite de estrelas e escuridão...
Tudo tinha morrido, só nós estávamos vivos.
Acordámos ao mesmo tempo, olhámo-nos e beijámo-nos...
O mundo recomeçara!