
Horas profundas, lentas e caladas,
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas...
Oiço as olaias rindo desgrenhadas...
Tombam astros em fogo, astros dementes,
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata plas estradas...
Os meus lábios são brancos como lagos...
Os meus braços são leves como afagos...
Vestiu-os o luar de sedas puras...
Sou chama e neve branca e misteriosa...
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!
Florbela Espanca
De Blue Eyes a 5 de Junho de 2008 às 18:21
A Florbela e os seus poemas que nos espancam sempre as ideias!
Ai, ai!
Um beijinho!
De
MIGUXA a 5 de Junho de 2008 às 18:57
Olá Blue,
Sentes-te "espancado"???
A Florbela é espectacular!!!
Dúvido que quisesse espancar fosse quem fosse.
Xi-kor
Margarida
Mais um lindo soneto de Forbela Espanca, sempre com boas ilustrações voluptuosas, que me deixam a pensar... Gostei. É interessante, neste portal as pessoas só se conhecerem pela comunicação, o que é sempre um enigma! Parabéns.
Cumprimentos e volta sempre,
Carlos Alberto Borges
De
MIGUXA a 5 de Junho de 2008 às 23:38
Uma vez mais agradeço a visita.
Florbela Espanca tem o condão de atrair todos os corações mais sensíveis.
Boa noite Carlos Alberto
Margarida
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